A pouco tempo assisti a um filme diferente. Fico cansada com sinopses e comentários de filmes que tenho curiosidade de conferir. Queria poder assisti-los sem saber nada sobre eles, realmente dar a oportunidade dele me surpreender.
Esse filme foi um achado. Temple Grandin.
Sempre simpatizei com o rosto da Claire Danes, mas nesse filme há uma caracterização interessante que me fez reconhece-la somente com um segundo olhar. Temple é uma menina autista e que vai passar por muitas experiências que ela aprende a reverter em oportunidades. Ele consegue fazer uma mistura de temas inusitados como; sociedade, preconceito, comportamento animal, autismo, machismo, superação e educação. Assuntos que pra mim devem estar bem esclarecidos na cabeça de muita gente. De todo mundo. Temple tem um tipo de visão fotográfica e um pensamento lógico simplista, como grandes gênios da ciência e consegue realizar projetos complexos com sua força de vontade e um pouco de observação.
Não quero cair na tentação de descorrer sobre cada acontecimento do filme, mas me fica uma pulga atrás da orelha. Fala-se sobre uma questão recorrente de Bioética, tratamento 'justo aos animais', já que a personagem não-fictícia estudava animal behavior, de como um animal estressado produz uma série de toxinas indesejáveis em sua carne.. mas não me deixou escapar em nenhum segundo a máxima de que eles estão em um abatedouro, que endereçamos todos a morte. E isso eu não conseguia esquecer ou aceitar.
O que ficou na minha cabeça foi o grito de pessoas contra o pré-conceito, a favor da aceitação, de conseguir concluir que a grande verdade é que somos todos diferentes. E que todos no fundo queremos um forte abraço. No final, a Claire ainda abocanhou muitos prêmios e agradeceu a oportunidade a própria Temple.
Obrigado Miquéias, por todos os domingos e consecutivos dias da semana.
